Parcerias tecnológicas e partilha de informação

Parcerias tecnológicas e partilha de informação

Ser o interlocutor do grupo Altri em matéria de inovação é uma das funções da Direção de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.

É essencial promover ideias, processos e investigação aberta a terceiros, com a finalidade de melhorar o desenvolvimento de novos produtos, numa lógica de open innovation. Este é também o desígnio da Direção de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (DIDT). 

A proatividade e a procura por acrescentar mais valor e conhecimento à organização têm levado a DIDT a estabelecer acordos de parcerias com outras instituições, para além dos que já existiam anteriormente. 

As Universidades de Aveiro, de Coimbra e da Beira Interior, entre outros, são parceiros de referência ao nível nacional. O protocolo com a Universidade de Coimbra, mais especificamente na área dos Polímeros, é de especial interesse. 

“Pensamos que esta área tem potencial a médio-longo prazo, porque antevemos que a celulose seja o substituto natural dos polímeros fósseis”, explica Gabriel Sousa, diretor da DIDT. 

Os centros tecnológicos nas áreas dos nanomateriais e dos têxteis eram uma realidade fora do foco do universo Altri até a DIDT ter começado a trabalhar. Esta área tem especial interesse para a Caima, considerando que o seu produto final é utilizado por estas indústrias. 

Há parcerias criadas com o Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos (CeNTI), e com o Centro Tecnológico Indústrias Têxtil Vestuário Portugal (CITEVE), localizados em Vila Nova de Famalicão. 

Isto porque, enquanto a Celbi e a Celtejo produzem pasta de papel destinada à indústria papeleira, a pasta da Caima vai para aplicação de viscose para a indústria têxtil. “Consideramos que existe aí um potencial imenso a desenvolver.” 

Tentaram unir duas indústrias que estavam totalmente separadas: a indústria têxtil, por um lado, e a de pasta e papel, por outro. No meio destas duas realidades há um conjunto de saberes, de conhecimento, que não existe. 

Separador

Como não queremos preencher sozinhos este espaço, decidimos unir-nos a estas entidades. Estamos a desenvolver um projeto conjunto para produzir conhecimento que até à data não existe em Portugal. Nós temos o know-how da pasta e eles têm o do têxtil.

A partilha de conhecimento e o estender das fronteiras de ação da Altri não se limitam às parcerias referidas. A estratégia da DIDT também passa por estabelecer acordos com instituições internacionais.

 É importante estar no radar da inovação e saber o que está a ser desenvolvido no estrangeiro em áreas de negócio e indústrias que utilizam o produto final do grupo Altri, ou em áreas de interesse adjacentes. 

É disso exemplo o projeto que está a ser desenvolvido num consórcio europeu que engloba uma empresa de pasta finlandesa, a Metsä Fibre, que aborda também a produção de fibras têxteis a partir de celulose, usando uma tecnologia inovadora.