A palavra já entrou no nosso dicionário e na mais recente revisão da lista de doenças da Organização Mundial de Saúde, que entra em vigor a janeiro de 2022. Não há certezas se o aumento do número de pessoas que sofre de burnout reflete a realidade atual ou se simplesmente há mais consciência sobre o que é esta síndrome. Uma coisa é certa: não se trata de um chavão moderno. É uma realidade cada vez mais preocupante.
Burnout é uma síndrome de exaustão ocupacional, devido ao trabalho, que não é apenas uma questão de fadiga ou aborrecimento. Afeta pessoas de diferentes níveis de estatuto social e diversos cargos de responsabilidade, incluindo estudantes!
Algo não está bem. Não aguento mais. Cheguei ao meu limite. São expressões comuns àqueles que têm dificuldade em gerir o stress laboral. O corpo começa por reagir de forma crónica à pressão emocional e aos fatores de stress físicos, culminando em exaustão e em sentimentos de ineficácia. Segundo alguns autores, o burnout conta com três etapas de evolução:
1. Exaustão emocional – sensação de sobrecarga e desgaste, de exaustão física e emocional. Falta de energia para completar tarefas profissionais e pessoais.
2. Despersonalização – assumir de uma atitude mais distanciada, sem afetividade e com contactos mais impessoais.
3. Reduzida realização profissional – sensação de descontentamento e desmotivação. Perceção de perda de sentido ou interesse. O investimento no trabalho é cada vez menor.
Os sinais de alarme vão desde os problemas físicos e emocionais aos cognitivos, comportamentais, sociais, laborais e até mesmo existenciais. Todos eles levam a que o corpo e a mente quebrem. Este colapso final é aquilo a que se chama de burnout. Esteja atento a estes sinais de alerta e saiba como pode melhorar e sair desse estado (com ajuda profissional, sempre!):
1. Não tem energia mesmo depois de ter descansado
Dorme mais horas do que o habitual e mesmo assim sente uma fadiga exagerada e sensação de ansiedade? Subestima o seu nível de cansaço? São os primeiros sinais de burnout. É um círculo vicioso. Chega a casa exausto, adormece fora de horas, acorda ansioso, não consegue dormir durante a noite e, no dia seguinte, de tão cansado que está, não aguenta o stress do trabalho. Respeitar os horários de sono, fazer uma alimentação equilibrada e variada, assim como praticar desporto regularmente, são formas de evitar que a exaustão tome conta do corpo e da mente.