Sabe-se agora, com certeza, que o novo coronavírus se transmite de pessoa para pessoa, por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus ou pelo contacto com superfícies e objetos contaminados. As pequenas gotículas respiratórias – do nariz ou boca –, expelidas por pessoas infetadas, podem permanecer em objetos e superfícies, o que significa que se tocar ou tiver contacto com esses objetos ou superfícies contaminadas – e depois tocar nos olhos, nariz ou boca –, pode ficar infetado

O vírus pode sobreviver durante horas ou até dias, se estas superfícies não forem limpas e desinfetadas com frequência, alerta a DGS. Estudos recentes mostram que se pode manter viável em superfícies como plástico ou metal por um período máximo de cerca de 72 horas e em aerossóis por um período máximo de três horas. Em superfícies mais porosas – de cartão, por exemplo –, pode manter-se viável por um período de 24 horas.

 Assim, o contágio pode acontecer através de: 

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), “a transmissão pode ocorrer de uma pessoa infetada cerca de dois dias antes de manifestar sintomas”. Estima-se que o tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas seja entre um e 14 dias. Acrescenta-se ainda que, no entanto, “a pessoa é mais infeciosa durante o período sintomático, mesmo que os sintomas sejam leves e muito inespecíficos”. Estima-se ainda que este período infecioso dure de sete a 12 dias em casos moderados e até duas semanas, em média, em casos graves. 

Mantenha um distanciamento físico de, pelo menos, dois metros, utilize os equipamentos de proteção e mantenha-se atento aos sintomas! No Plano da Saúde para o Outono-Inverno 2020-21, a DGS recomenda o uso de máscara em qualquer espaço aberto ou fechado, sempre que não esteja garantido o distanciamento físico mínimo de dois metros. Nos espaços públicos fechados, a utilização de máscara é obrigatória para pessoas com mais de 10 anos.


Cinco passos para evitar o contágio

1. Lavar frequentemente as mãos

Várias vezes ao longo do dia. Antes e depois de comer, de ir à casa de banho, ao chegar a casa ou ao trabalho, ou sempre que se justifique. Deve lavar as mãos com água e sabão, durante pelo menos 20 segundos, esfregando sequencialmente as palmas, o dorso, cada um dos dedos e o pulso. Evita a contaminação cruzada – por exemplo, feche a torneira com um toalhete de papel ao invés da mão que a abriu enquanto suja. Seque bem as mãos no final. 

2. Desinfete as mãos, as superfícies e os objetos de contacto

Sempre que não tiver acesso a água e sabão para lavar as mãos, use uma solução desinfetante à base de álcool com 70% de concentração – espere que a solução evapore antes de tocar em qualquer objeto! Remova anéis, pulseiras ou outros objetos antes da lavagem das mãos. Estes acessórios devem ser também higienizados após a utilização. Tenha o cuidado de desinfetar também superfícies e outros objetos de uso regular (telemóvel, computador, tablets…).

3. Proteja o nariz e a boca, quando espirrar ou tossir

Com um lenço de papel descartável ou com o antebraço. Nunca use as mãos. Se estiver de máscara, não a baixe nem retire! Se usou um lenço de papel, deite-o de imediato ao lixo. De seguida, lave as mãos. Se espirrou ou tossiu para o braço, a DGS indica que o deve lavar. Se usou a camisola, lave-a assim que possível.

4. Siga as regras de higiene alimentar

Lave muito bem as mãos antes e enquanto prepara a refeição. Lave cuidadosamente e adequadamente os alimentos crus. Cozinhe a comida a temperaturas adequadas. Não partilhe comida ou objetos entre pessoas durante a preparação, confeção e consumo! Evite a contaminação entre comida crua e cozinhada.

5. Se andar de metro, autocarro ou comboio, tenha cuidados redobrados


Para prevenir e evitar a transmissão do vírus, fique em casa se não se sentir bem ou apresentar algum sintoma. Contacte o SNS24 e, caso desenvolva febre, tosse ou sentir dificuldade respiratória, procure orientação médica de imediato.


Todos por quem cuida


Em conjunto com a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) e de outras instituições de sociedade civil, a Ordem dos Farmacêuticos criou uma Conta Solidária para apoio de todos os profissionais da linha da frente no combate à covid-19. O donativo é feito por transferência bancária. Os profissionais e os serviços de saúde que necessitem de apoio podem utilizar o email todosporquemcuida@ordemdosfarmaceuticos.pt para identificar carências e solicitar apoio. Já na Plataforma de Donativos a Profissionais de Saúde podem ser registados todos os donativos disponibilizados aos profissionais de saúde. Nesta plataforma, que é de acesso livre, podem ser consultados os contactos de quem tem algo a contribuir, desde equipamentos de proteção individual a refeições e alojamentos temporários.


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