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by  Zentiva
Porque não devemos usar antibióticos em gripes e constipações? Porque não devemos usar antibióticos em gripes e constipações?
Cuidar

Porque não devemos usar antibióticos em gripes e constipações?

Há outros medicamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas. Aconselhe-se com o médico e fale com o farmacêutico. Lembramos que o uso indevido de antibióticos põe todos em risco!

O número de doentes infetados por bactérias resistentes está a aumentar na União Europeia, o que significa que a resistência aos antibióticos é uma grave ameaça para a saúde pública. Só o uso prudente dos antibióticos pode ajudar a impedir este desenvolvimento das bactérias resistentes e a manter os antibióticos eficazes para o uso das gerações futuras, alerta a Ordem dos Farmacêuticos.

Este uso prudente passa, por exemplo, por não utilizar antibióticos contra constipações e gripes, que são causadas por vírus. Porquê? Porque os antibióticos não são eficazes contra os vírus! Não vão melhorar o estado clínico, não baixam a febre nem são indicados para melhorar os sintomas, como os espirros. 

Uso inadequado dos antibióticos


– Quando usados por iniciativa própria sem consultar o médico

– Quando tomados de forma incorreta sem respeitar as recomendações dos profissionais de saúde

– Quando usados sem necessidade contra constipações e gripes

Já o uso incorreto acontece quando se diminui a duração do tratamento com antibióticos, quando se reduz a dose ou quando não se cumpre a frequência correta – isto é, quando se aumenta ou diminui o intervalo de tempo entre duas tomas do antibiótico. Sim, porque o tratamento com antibiótico deve ser levado sempre até ao fim, tomado sempre na dose recomendada e respeitar sempre a toma à mesma hora do dia!

Resistência aos antibióticos

É a capacidade de as bactérias combaterem a ação de um ou mais antibióticos. Não são as pessoas ou os animais que se tornam resistentes aos tratamentos, mas sim as bactérias das quais são portadores, que criam naturalmente defesas para os antibióticos. O que acontece é que as bactérias resistentes se transmitem e os antibióticos deixam de ser eficazes.

Esta resistência aos antibióticos pode ser transmitida a vários níveis. Por exemplo, os animais tratados com antibióticos podem ser portadores destas bactérias resistentes. Também os vegetais podem ser contaminados com bactérias resistentes a antibióticos. Ou seja, as bactérias resistentes podem passar para o ser humano através da alimentação e do contacto direto com animais. 

Mais: com o uso dos antibióticos para tratar infeções, as bactérias desenvolvem naturalmente uma resistência aos antibióticos como uma reação, o que significa que pode haver também transmissão do doente para outras pessoas, incluindo dentro das instituições de saúde, através de mãos sujas ou objetos contaminados. 

Quando os viajantes necessitam de cuidados de saúde num país com elevada resistência aos antibióticos, há probabilidade de regressarem com as bactérias resistentes. Até mesmo quando não precisam de cuidados, podem ser portadores e importar as bactérias.

A resistência aos antibióticos é de tal forma transmissível que mesmo uma pessoa que não tenha sequer tomado antibióticos pode sofrer infeções causadas por estas bactérias resistentes!

A resistência percebe-se quando determinados antibióticos perdem a capacidade de matar as bactérias e de impedir o seu desenvolvimento. Desta forma, as bactérias resistentes sobrevivem na presença dos antibióticos e continuam a multiplicar-se, o que pode causar uma doença mais prolongada ou, até mesmo, a morte. As infeções causadas por bactérias resistentes são, habitualmente, mais perigosas. Os tratamentos para estas infeções exigem antibióticos alternativos, mais dispendiosos e com efeitos secundários mais graves.

A Ordem dos Farmacêuticos lembra que, apesar de a resistência aos antibióticos ser uma situação que ocorre normalmente devido às mutações nos genes das bactérias, a utilização excessiva ou inadequada dos antibióticos acelera o aparecimento e a propagação das bactérias resistentes, tanto ao antibiótico utilizado como também a outros antibióticos.

É, por isso, essencial ter em atenção o uso dos antibióticos na produção animal e de alimentos, nas instituições de saúde e na comunidade. O uso irresponsável de antibióticos pode contribuir para a transformação das bactérias em bactérias resistentes. 

Manter a eficácia dos antibióticos é uma responsabilidade de todos! Sem antibióticos, corremos o risco de regressar a uma era pré-antibiótica, com doenças infecciosas que não se conseguem tratar com sucesso.


O que podemos fazer para reduzir a resistência aos antibióticos

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Inovação e desenvolvimento

São palavras com muito significado para quem trabalha na Zentiva.

É nos laboratórios dos Medicamentos Genéricos que se desenvolvem novos produtos e onde os obstáculos se tornam em oportunidades. Criar um medicamento genérico é muito mais do que fazer uma cópia de um medicamento que já existe. Equipas multidisciplinares e de todos os cantos do mundo trabalham em conjunto para fazer a diferença na vida de muitas pessoas.