De que cor estava o céu hoje? O cheiro seria diferente do da manhã anterior? Será que nos lembramos de sentir a temperatura da pele a subir ou da sensação das pernas, do torso e dos músculos a moverem-se em compasso acelerado? O cérebro está demasiado habituado a categorizar todos estes estímulos, o que faz com que deixemos de prestar a atenção devida ao que nos rodeia e às sensações inatas que nos provocam no momento.
Por exemplo, associamos automaticamente esta temperatura e o movimento do corpo à ideia de que estamos atrasados ou com pressa, ou seja, o foco passa a ser uma consequência futura, que pode estar ainda associada a um momento passado, do que provocou o atraso.
O mindfulness obriga a parar esta constante categorização e ajuda a aceitar o momento tal como ele é. Não significa que tentamos mudar determinado acontecimento ou que tentamos influenciar a forma como nos sentimos. Simplesmente estamos mais conscientes do momento e, ao estarmos mais conscientes, estamos a abrandar o ritmo do cérebro e a promover uma certa calma.
No dicionário Merriam-Webster, mindfulness define-se como a prática de manter um estado de consciência elevada, sem julgamentos. Mindfulness é a completa perceção e aceitação dos pensamentos, emoções e experiências em todos os momentos. Simplificando, trata-se de estar ciente do momento presente e aceitá-lo tal como ele é.