Caminhamos para o nono mês “dentro de portas”. Durante este tempo, muitas pessoas descobriram que a casa não reflete inteiramente a personalidade, os interesses, os hobbies e as dinâmicas de uma família inteira a partilhar o mesmo espaço. Outras tiveram mesmo de regressar à casa de infância, para um espaço que pode ter pouco a ver com os gostos atuais. Esta é a altura ideal para pensar numa mudança! Aproveite ao máximo todo o espaço que tem para usar como escritório, ginásio, local de estudo… O importante é, acima de tudo, criar uma zona segura na qual todos se sintam bem!

1. Organizar para facilitar o dia a dia

Trabalhar a partir de casa tornou-se, para muitos, a norma, ao invés da exceção. A mudança foi grande e introduzida na rotina de forma um pouco brusca. Agora que passaram nove meses, estamos cada vez mais habituados a este registo e percebemos melhor o que faz sentido para trabalhar em casa sem parecer que estamos constantemente ocupados e sem fronteiras claramente definidas que separam o tempo de trabalho do tempo de lazer. O objetivo é criar em casa um oásis pessoal que permita conciliar os espaços de trabalho, de ensino e de aprendizagem com os espaços de exercício e de relaxamento. Para isso, é importante ter em conta os sentidos: o olhar, o olfato e a audição. 

      O primeiro passo é arrumar. Abrir portas e janelas e abdicar de tudo o que não usa ou que não gosta. Retire os obstáculos da casa, isto é, os objetos que de pouco servem, e que apenas criam “ruído visual” e atrapalham a rotina. Depois, é hora de decorar. Inspire-se em viagens, livros, coleções… Use cores, padrões e texturas que levem esses elementos que o inspiram para a decoração da casa. Para terminar, carregue o ambiente de plantas e de aromas. Prometemos que se vai sentir muito melhor depois de o fazer!

      Para trabalhar em casa, há quatro obrigatórios:


      – Cadeira confortável

      – Suporte para o computador

      – Iluminação de esquema flexível que permite regular a intensidade da luz

      – Sistema de organização para armazenar tudo e manter a mesa limpa e arrumada nos momentos de não trabalho


          2. Mal posso esperar por amanhã!

          Mover o corpo é essencial, tanto para o bem-estar mental como físico. Por isso, estabelecer uma rotina de exercícios que pode fazer em casa é fundamental. Comece devagar! Até mesmo esta rotina caseira deve ter limites, para não experienciar um burnout físico. Encontre exercícios que lhe deem prazer e que tornem o dia mais divertido e gratificante. Pode ser apenas um treino de alongamentos, por exemplo, ou um treino online com um PT. O objetivo é que não veja o exercício como uma tarefa árdua

          Defina um local da casa ou um pequeno espaço que possa configurar especialmente para praticar algum exercício. Há pessoas que preferem treinar em silêncio absoluto, outras que não dispensam a música nas alturas. Há também quem goste de fazer exercício rodeado de cores suaves e aromas tranquilizantes, outros que preferem os tons vibrantes para dar mais energia. Adapte este espaço da casa ao mood pessoal de treino e, com certeza, vai ter mais motivação para continuar!

          3. Nova vida na cozinha

          Não podíamos deixar passar esta zona da casa em branco! Para aqueles que atingiram o limite das ideias para as refeições e estão a chegar a um ponto de exaustão na cozinha, uma mudança mesmo que muito simples no ambiente pode fazer toda a diferença. Novos utensílios, pequenos eletrodomésticos, têxteis de cozinha e, quem sabe, até mesmo novos tapetes, móveis e candeeiros… O objetivo é manter-se inspirado e motivado para criar novas experiências gastronómicas para saborearem em conjunto. Não se esqueça também dos livros e das revistas de culinária que trazem para a mesa um novo mundo de receitas para explorar! Arrume a cozinha, ponha uma música, acenda umas velas sem cheiro e está pronto para começar. Desfrute!

              4. Cuidar de nós próprios

              Não é por passarmos mais tempo em casa que devemos descurar os cuidados pessoais. Reservar um tempo para cuidar de si – da pele, do cabelo, das unhas, da barba… – é essencial! Pense numa zona do quarto, na casa de banho ou até num quarto secundário que esteja por utilizar. O ideal é que tenha uma boa luz (mesmo que artificial) e um ambiente relaxante, no qual possa passar longos momentos a descontrair. 

              Há inúmeros tratamentos que podem agora ser feitos em casa. Falando, por exemplo, nos cuidados da pele: porque não investir num bom sérum e num dermaroller ou gua sha para ajudar a pele a absorver este produto e a aumentar os benefícios do mesmo? Aproveite ainda o tempo em casa para incluir na rotina aqueles tratamentos capilares que, por norma, precisam de mais tempo de ação.

              São ações que podemos incluir na rotina diária e que, quando os começamos a adotar, nos vão fazer sentir muito melhores. O objetivo é reservar um espaço da casa especialmente para estes hábitos e nunca abdicar do compromisso de se sentir no seu melhor!