Da felicidade à raiva, da tristeza à euforia, as emoções são sinais que ajudam a comunicar, a resolver problemas e a gerir o dia a dia. Fazem parte de nós e funcionam como um espelho do que sentimos. Muitas pessoas têm dificuldade em lidar com as próprias emoções. Antes de mais, devemos lembrar e assumir que as emoções existem e não há como as negar. Queremos com isto dizer que chorar ou ter sensações negativas não é sinal de fraqueza ou de sensibilidade! É precisamente o contrário.
Regular emoções significa ser capaz de pensar sobre como lidar com os sentimentos. Não significa deixar de os ter, mas sim não deixar que estes o dominem. O importante é saber gerir melhor todas estas emoções para manter a saúde emocional em equilíbrio, a chave para ser mais produtivo, mais criativo e mais feliz!
Felicidade, tristeza, euforia, vergonha, raiva, inveja, são emoções ou sentimentos familiares que não devem ser rotulados apenas como “bons” ou “maus”, mas sim explicados, procurando perceber de onde vêm.
Estes são alguns dos hábitos que vão ajudar a melhorar a inteligência emocional, definida como a capacidade do ser humano de aprender, controlar e expressar corretamente todas as emoções.
1. Exprimir verbalmente as emoções
“Sinto-me triste/entusiasmado/chateado/assustado porque…” É deste princípio que parte este hábito. Além de saber reconhecer, é importante explicar verbalmente a razão da emoção ou do sentimento sentido em determinado momento. Nas crianças, por exemplo, deve haver um cuidado especial em incentivar ao desenvolvimento do vocabulário para exprimir as emoções, de forma a fomentarem esta inteligência emocional. Fale abertamente sobre as emoções e questione a criança sobre o que está a sentir. Expressar o que sente, assim como caracterizar e descrever em poucas palavras a emoção e a intensidade da mesma, é um dos passos fundamentais para conseguir gerir a emoção.
No livro Inteligência Emocional: porque pode importar mais do que o QI, o psicólogo e jornalista Daniel Goleman apontou a autoconsciência como um dos cinco elementos da inteligência emocional, em conjunto com a autorregulação, a empatia, as habilidades sociais e a motivação intrínseca.
2. Reconhecer e respeitar o ponto de vista do outro
Nem todas as pessoas conseguem pôr-se no papel do outro. Sabemos que é difícil entender um ponto de vista que não é o nosso. Aliás, este é um dos sentimentos psicologicamente mais fortes. Apesar de ser difícil, pode e deve ser trabalhado! É fundamental reconhecer e perceber não só os próprios sentimentos, mas também os dos outros. Pôr-se no papel do outro, conseguir ler os comportamentos, entender o que o outro está a passar e demonstrar que se percebe através de comportamentos não verbais são formas de criar relações e ligações mais fortes. A empatia é outro dos sentimentos muito importantes na inteligência emocional. Depois de perceber e reconhecer os sentimentos dos outros, arranjar mecanismos para ajudar o outro é também uma forma de desenvolver a inteligência artificial.