Sintomas que confundem
As doenças e as infeções respiratórias representam a terceira causa de morte em Portugal. Os dados constam no último relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias. Prevê-se que, até 2030, ocupem o primeiro lugar. Os números são impactantes: 800 mil portugueses sofrem de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e mais 700 mil têm a asma ativa.
As doenças alérgicas têm vindo a aumentar nos últimos anos em todo o mundo, entre as quais se inclui, além da asma, a rinite alérgica. Em Portugal, mais de 25% da população tem queixas atuais de rinite. Está também entre os países da OCDE que apresentam maior taxa de mortalidade por pneumonia. Segundo a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, é a causa de 16 mortes e 80 internamentos diários.
Até mesmo em relação à tuberculose, o cenário não é animador. A incidência continua a diminuir na Europa, mas Portugal mantém-se acima da média da União Europeia (UE): 17,5 casos por cada 100 mil habitantes em 2017, ano a que se refere o último relatório do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças e da Organização Mundial de Saúde.
Nas neoplasias, o cancro do pulmão é, segundo o Globocan 2018 da Agência Internacional de Observação da Doença Oncológica, o quarto tipo de cancro mais comum em Portugal. Segue-se ao colorretal, mama e próstata. Mas é o primeiro em mortalidade. Há ainda doenças raras, como a fibrose pulmonar idiopática, cujos indicativos coincidem com os de outras doenças mais comuns. Nunca desvalorize sintomas!
Fatores de risco
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o tabagismo e a poluição atmosférica são dois dos principais fatores de risco para as doenças respiratórias. É preciso alertar para os cuidados a ter de forma a prevenir e evitar que as doenças respiratórias agravem, sobretudo nos períodos de maior prevalência de crises, que é como quem diz inverno, primavera e mudanças de estação.